A Música na Saúde:
Musicoterapia, o sangue da alma
Há muito tempo a musica já deixou de ser apenas uma arte.
Suas propriedades terapêuticas já são conhecidas há muitos milênios.
Povos como os egípcios, persas, gregos, indianos, chineses, japoneses
e tantos outros a usam de forma medicinal.
Por Bruna TOM*
A música é muito mais que freqüências harmônicas, mas sim, uma forma de condicionamento do corpo e da alma.
Em alguns experimentos já foi provado que a água “sente e grava” a música, se estruturando em cristais de acordo com o tipo de música.
As músicas harmoniosas fazem os cristais ficarem equilibrados. Sons desarmônicos formam cristais quebrados. Presume-se que o mesmo aconteça, com relação ao nosso corpo quando exposto a distintos estilos musicais.
MUSICOTERAPIA PELO MUNDO - A medicina tradicional chinesa tem uma história de milênios. Depois de em 1948, a Medicina ocidental entrou em verdadeiro colapso na China. Retornou em todo o país, o uso medicinal de raízes. Chás, massagens, acupuntura e a música, são algumas das várias bases dela. A música chinesa é, em sua maioria, pentatônica (São músicas em 5 tons; como se você tocasse somente as teclas pretas do piano). Cada nota é equivalente a um órgão, além de ter suas respectivas equivalências nos elementos, emoções, sabores, sensações térmicas, cores e estações. Os órgãos têm o seguinte ciclo de equilíbrio:
Coração (Fogo), Baço (Terra), Pulmão (Metal), Rins (Água), Fígado (Madeira), Coração.
Com esta base, os médicos constroem as músicas para restabelecer o equilíbrio e o sentido certo da energia, que é chamada de Qi. Com todo um estudo minucioso, eles conseguem saber o que realmente o paciente precisará, tratando então o problema. Ou seja, eles agem diferentemente da nossa medicina tradicional, pois tratam o efeito da doença.
Já outro povo bem desenvolvido nesta área, o Tibetano, tem outras técnicas. Eles se baseiam que, tudo é som. Reza a história de que tudo que se é dito 3 vezes se materializa. São utilizados 7 tigelas de diversos materiais em sintonia com os planetas. São eles:
Ouro – Sol (yang) ; Prata – Lua (yin); Cobre – Vênus ; Ferro – Marte ; Latão – Júpiter ; Chumbo – Saturno ; Zinco – Mercúrio.
Toca-se a tigela com um bastão de madeira, produzindo a freqüência desejada. Isto rearmoniza os corpos etéricos e, conseqüentemente, a saúde física. Foi também descrito, que as tigelas produzem sons compatíveis em freqüência de tons produzidos pelos anéis de Saturno.
Já os gregos, basearam-se na influência dos sons na produção de sentimentos. Tais quais:
Etho Frígio – Excita, gera coragem; Etho eólio – Sentimentos profundos e amor; Etho Lídio: Arrependimento, compaixão e tristeza ; Etho dórico: Recolhimento e concentração.
A musica ocidental é baseada nos modos gregos, por isto não é difícil para um musico identificar que certos modos têm uma influência direta nas emoções do público.
BELA HISTÓRIA MUSICAL - “Existe uma tribo na África Oriental onde a arte da verdadeira intimidade é fomentada mesmo antes do nascimento. Nessa tribo, o aniversario de uma criança não é contado a partir do dia do seu nascimento físico, nem a partir do dia da sua concepção, como em outras culturas primitivas. Para essa tribo, a data do nascimento é contada a partir da primeira vez em que a criança é um pensamento na mente da mãe. Consciente da intenção de ter um filho com determinado homem, a mãe sai de casa e se senta sozinha debaixo de uma árvore. Fica sentada, atenta, até ouvir a canção do filho que ela espera conceber. Quando ouve a canção, volta para o povoado e ensina para o pai, para que possam cantar juntos e então, fazerem amor; convidando a criança a se juntar a eles. Depois que a criança é concebida, ela canta para o bebe no seu ventre. Depois ensina a canção para as velhas parteiras da tribo, para que através do trabalho de parto e do milagroso momento do nascimento a criança seja recebida com essa canção. Depois do nascimento todos os habitantes da tribo aprendem a canção do novo membro da comunidade e a cantam para a criança quando ela cai ou quando se machuca. A canção é cantada nos momentos de triunfo, ou nos rituais e iniciações. Essa canção torna-se parte da cerimônia do casamento quando a criança cresce e, no fim da sua vida, seus entes queridos reúnem-se em volta do seu leito de morte para cantar a canção pela ultima vez".
Aplicações e descobertas
A Musicoterapia moderna utiliza uma tabela com a freqüência térmica e as cores
Nota
Freqüência Térmica
Cor
Cristal
Dó
Quente
Vermelho
Fume
Ré
Quente
Laranja
Ágata Laranja
Mi
Quente
Amarela
Citrino
Fá
Neutra
Verde
Quartzo verde e rosa
Sol
Fria
Azul
Quartzo azul
Lá
Fria
Índigo
Ametista
Si
Fria
Violeta
Cristalino
Na Grécia a música era utilizada para picada de serpente. Platão afirmava que a música era uma dádiva divina, poderia alegrar a alma e apaziguar a mente. Na Idade Média acreditava-se que curava ciática.
Atualmente, é utilizada para tratamento de várias doenças, tais como: Ciática, doenças nefrálgicas, doenças neurológicas, esquizofrenia, neuroses, autismo, crise asmática, colite nervosa, trauma de guerra, depressão, traumatismo, câncer e também, atua como poderoso anestésico.
Para os estudiosos a música influencia diversos órgãos: o cérebro e suas estruturas, todo o aparelho gastro-intestinal, o sangue, a pele, os músculos e o sistema imunológico. Alguns esotéricos que dizem que, freqüências específicas, juntamente com a numerologia e mensagens subliminares, induzem a troca do dna para o gna.
CASOS - O maestro Graham Griffiths conta que quando foi tocar em um concerto de natal em São Paulo, aconteceu algo bem significativo.
Eles distribuíram um questionário, e apareceu uma resposta emocionante: “Parabéns pelo concerto maravilhoso. O impacto foi tão grande que afastou meus sentimentos de suicídio” .
A música também se mostrou muito eficaz em várias áreas da Medicina. Há referências sobre cirurgia, de partos e até de coração, feitas apenas com a música sendo o anestésico.
CUIDADOS E CONTRA-INDICAÇÕES - Tal como na água (presumindo-se que o corpo tem 60% de água), o corpo humano também não tem uma boa reação a certas musicas. Ritmos muito marcados como o samba e funk, além de dissonantes como o Rock, exercem efeitos dispersivos e perturbadores, além de alterar todo o organismo como: pressão arterial, metabolismo, sistema imunológico, entre outros.
Estudos realizados na Academia Francesa de Medicina apontam que ruídos fortes são responsáveis por cerca de um terço das depressões e grande parte de doenças orgânicas, além de causarem cerca de 11% dos acidentes de trabalho. O ouvido humano está preparado a resistir a ruídos por pouco tempo. Depois de uma hora de audição de sons acima de 100 decibéis (nível de ruído de caminhão, uma discoteca tem em media 120 decibéis) o sistema nervoso necessita de 40 horas para se recuperar do trauma.
SAÚDE PÚBLICA - A música é uma questão de Saúde Pública. Ultrapassa o entendimento comum e cartesiano da ciência. A musicoterapia sugere que você olhe com uma nova visão para o seu corpo e sua alma. Ela fala direto com a alma, sem passar pelo nosso ego. Não vê limites de fronteiras, nem defeitos. Desconhece raça e religião. Ela é o pulso da vida.