A data é celebrada desde 1982, tendo sido oficialmente instituída pelo Conselho Internacional da Dança (CID) para recordar o nascimento do coreógrafo francês Jean-Georges Noverre (1727-1810), um dos pioneiros da dança moderna.
A direção da REDE - Associação de Estruturas para a Dança Contemporânea, que congrega 26 entidades do setor dispersas pelo país, indicou à Lusa que, para assinalar a efeméride, os artistas vão colocar vídeos nas redes sociais para partilhar as suas preocupações com o público.
Enfrentando a crise económica do país, e "os cortes sucessivos nos apoios às artes, que já vêm de anos anteriores", a associação considera que "o desinvestimento na renovação do tecido artístico e profissional é um convite ao êxodo dos artistas" para o estrangeiro.
Não obstante a situação difícil do setor descrita pelos artistas, a data também será celebrada com espetáculos, debates e exposições um pouco por todo o país.
Em Lisboa, no Teatro Camões, a Companhia Nacional de Bailado (CNB), vai apresentar "Perda Preciosa", com encenação, dramaturgia e cenografia de André e. Teodósio, e coreografia de Rui Lopes Graça, conceção musical de Massimo Mazzeo, maestro do grupo Divino Sospiro, que atuará ao vivo.
Na mensagem oficial do CID, o presidente, Alkis Raftis, apelou aos governos de todo o mundo que reconheçam a terapia da dança como uma profissão distinta, uma vez que, assinalou, esta atividade está em crescimento em todo o mundo.
Para o responsável, também as universidades deveriam integrar nos seus currículos terapias através da dança, e as seguradoras deveriam reembolsar os tratamentos feitos com dança, desde que fossem prescritos por médicos, psicólogos e outros terapeutas.
Alkis Raftis indicou que pelo menos um em cada cem profissionais da dançaem todo o mundo faz alguma forma de terapia deste género.
Lusa